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ARQ EDUARDO FAUST | CAU A44041-8

Graduado pela Universidade Federal de Santa Catarina UFSC.
Pós-graduado em Espaço celebrativo-litúrgico e arte-sacra na Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia de Minas Gerais FAJE.

Em 2005 fundou o escritório FAUST ARQUITETURA

Assina a autoria de mais de 200 construções ligadas a Igreja em mais de 100 cidades em 15 estados no Brasil, México e Portugal.

Ministra palestras e Cursos em Arquitetura Sacra.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

■ Catedral? Basílica? Capela? Santuário?

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Catedral de Cristo Luz em Oakland, USA
Basílica de São Pedro, Catedral Notre-Dame de Reims, Capela Sistina, Santuário de Fátima, Igreja Matriz de Nossa Senhora do Pilar... O que difere estes edifícios para que tenham tais denominações?
No ano 313 o Tetrarca de Roma, Constantino I emitiu o Edito de Milão tolerando religiões pagãs, entre elas o Cristianismo. Até então os cultos Cristãos eram proibidos sendo feitos em catacumbas e em casas adaptadas, tais templos quando descobertos eram confiscados e os fieis que não renunciassem ao paganismo eram mortos. Porém estes reagiam de forma serena a morte, trazendo interesse a quem assistia às execuções. O crescimento da doutrina, ganhou força a partir 313, e espaços maiores fizeram-se necessários.
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Séc IV Basílica Paleo-Cristã
A construção chamada de Basílica - a casa do Basileu - passa a ser adaptada aos cultos católicos, estes até então eram utilizadas como mercado público e como auditório para audiências públicas por exemplo. Sendo assim as Igrejas deste período denominado paleo-cristão são intituladas como Basílicas. Ao longo dos séculos a arquitetura destes templos sofreu inovações graças as mudanças no uso e na evolução de técnicas construtivas, e obviamente a palavra "basílica" entrou em desuso. Hoje tal denominação é um título emitido a uma Igreja com características específicas.
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Basílica da Divina Misericórdia em Cracóvia, Polônia
A denominação ou o título "Santuário" é atribuído a Igrejas ligadas a peregrinação. Romeiros deslocam-se para o Santuário para manifestar sua fé. As romarias são citadas na Bíblia em várias ocasiões, além disso muitas religiões mostram as viagens como elementos fundamentais para o crescimento humano.
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Santuário de Nossa Senhora Aparecida em Aparecida do Norte, Brasil
Na Igreja Católica cada paróquia é formada de igrejas que possuem uma Igreja Matriz que lá encontra-se o pároco ou administrador da paróquia, estas paróquias estão dentro de uma Diocese sob a responsabilidade de um Bispo diocesano, uma Igreja abriga a cátedra - a cadeira do Bispo - sendo denominada Catedral. A presença de Catedrais não é exclusividade do catolicismo, a maioria das religiões Cristãs possuem tal denominação.
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Catedral de Nidaros, Noruega
Igrejas são espaços públicos, porém em alguns casos elas fazem parte de algum tipo de complexo, como um colégio, um quartel, um presídio, um mosteiro, etc. Nestas casos ela é chamada de Capela.
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Capela Sistina, Vaticano
Mosteiro, Abadia e Convento não são templos e sim edificações que abrigam comunidades monásticas.
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Complexo de Mosteiros Metéora - Mosteiro Santíssima Trindade, Grécia
Sinagoga é templo Judaico e Mesquita é templo muçulmano. 
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Mesquita de Yeşilvadi em Istanbul, Turquia

sexta-feira, 19 de julho de 2013

■ Entrevista Arq Eduardo Faust | Igreja Matriz Santa Cruz

Entrevista com o arquiteto Eduardo Faust, especialista em arquitetura sacra. Programa Missão Casa 16 - 8 de julho de 2013 - bloco 1 - TVCOM - RBS.TV SC.





quinta-feira, 18 de julho de 2013

■ Capela Divina Providência | Autor Arq Ed.Faust




No dia 14 de julho de 2013 foi inaugurada a revitalização da Capela da Casa Divina Providência que faz parte da rede de estabelecimentos assistenciais de saúde construídos e administrados pela Sociedade Divina Providência das Irmãs da Província Coração de Jesus.



Arquiteto Eduardo Faust especialista em espaço litúrgico foi o responsável e autor da obra, desenvolvida com o apoio do corpo responsável da SDP: madre provincial Ir. Maria Eliza, Ir. Enedir, Ir. Rosiléia, Ir. Elza entre outras.


A motivação para a reformulação do espaço foi a principio de ordem prática, pois, todo mobiliário foi executado em lâminas de compensado de madeira não resistente à insetos xilófagos, sendo que estes foram responsáveis pelo estado avançado de fragilização estrutural das peças.

Presbitério antes da reforma. Retábulo, altar e ambão datam dos anos 90. Confeccionados em compensado e resina de baixa qualidade, estavam estruturalmente  condenados pelo nível alto de deterioração por insetos xilófagos e com os adornos descolados. 


Além disso, podemos afirmar que estas peças citadas não possuíam valor histórico, pois datavam da década de 1990, sendo concebidas desconectadas das orientações do concílio vaticano II, vigente na época.

A imagem do Crucificado que data das primeiras décadas do século XX foi mantida e valorizada no novo projeto, assim como o sacrário. As imagens de São João e Nossa Senhora foram mantidas pelo valor artístico e simbólico.



Aproveitando o momento de renovação o espaço foi desenhado à luz do Concílio Vaticano II. A linguagem do mobiliário litúrgico segue linhas contemporâneas, de composição simples e leve, de beleza não ostensiva e de valorização do material em sua composição natural e verdadeira.

Altar - o centro da liturgia - possui um destaque especial, sendo desenhado de forma que nos remeta tanto ao altar do sacrifício como a mesa do grande baquete eucarístico.



Ambão, Sédia, Cruz, suporte do Sacrário e dos Santos foram desenhados obedecendo a mesma linguagem compositiva dando unidade a obra. O material escolhido foi o mármore travertino com acabamento levigado, sua escolha atendeu a equação: durabilidade+custo+funciolidade+beleza e em especial a simbologia de Cristo como a pedra angular.





O presbitério parte do principio cristocêntrico, ao centro vemos a Cruz - a árvore da vida - que alcança todo pé direito e seus braços as extremidades do espaço da abside, seu detalhamento faz com que a iluminação interna reforce o traçado do símbolo maior da Igreja Católica, assim como destaca a obra de arte sacra, a imagem do Crucificado ao centro.





A iluminação foi tecnicamente dimensionada para destacar os pontos importantes da liturgia. No forro da abside foi instalada uma luminária spot [focal] para cada peça do mobiliário litúrgico, naves laterais o mesmo ocorreu com as estações da via sacra. Na assembleia a iluminação foi redimensionada de forma adequada à leitura.


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Autor | Arq Eduardo Faust
Equipe de Projeto | Arq Eduardo Faust / Arq Wiliam Hodecker
Projeto arquitetônico | Faust Arquitetura
Projeto Mobiliário Litúrgico | Faust Arquitetura
Projeto Luminotécnico | Faust Arquitetura



quarta-feira, 3 de julho de 2013

■ Inauguração Igreja Matriz Santa Terezinha | Timbo.SC

■ Localização | Timbó – Santa Catarina
■ Diocese de Blumenau - Paróquia Santa Teresinha
■ Pároco | Carlos Humberto Carneiro de Camargo
■ Autor | Arq Eduardo Faust
■ Projetos | FAUST arquitetura & engenharia
■ Equipe | Arq Gustavo da Luz; Arq Renato Campos; Arq Wiliam Hodecker

Localizada na cidade de Timbó na região do Vale Europeu em Santa Catarina, a Igreja Matriz Santa Terezinha no dia 07/04/2013 celebrou a inauguração da primeira etapa do seu projeto global de reforma.

A festa de inauguração do novo presbitério contemplou as comemorações dos 50 anos da paróquia.


Projeto Final do presbitério


Primeira etapa da obra inaugurada.


O pároco Padre Carlos Camargo dos Missionários do Verbo Divino, esteve a frente da obra.

 A missa de inauguração foi celebrada pelo Bispo de Blumenau Dom José Negri. Nele estiveram presentes: antigos párocos diocesanos; o provincial e padres dos Missionários do Verbo Divino; o pastor da Igreja Evangélica de Confissão Luterana; o prefeito municipal de Timbó.



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PROJETO e OBRA

A obra foi dividida em 4 etapas: presbitério; mobiliário litúrgico; salas; torre.
Nesta primeira etapa para execução foram feitas demolições e construídos anexos para abrigar as sacristias.


Espaço aonde abrigava a sacristia foi incorporado ao presbitério dando origem a Capela do Santíssimo e a Capela Santa Terezinha com uma relíquia da Santa.

Antiga Sacristia nos fundos do presbitério
Capela do Santíssimo


Capela Santa Terezinha


O espaço das capelas está integrado ao presbitério, de forma a não perder a característica de capela como um lugar de oração individual, intimista.
Espeço de união entre as capelas


A imagem do Crucifixo de 1969 foi restaurada e mantida em seu lugar, sendo valorizada com iluminação.

Antigo Presbitério
A área do novo presbitério superou mais que dobro da anterior, haja vista que a principal exigência foi o tamanho inadequado.



O uso dos matérias crus, acabam por ilustrar a verdade dos mesmos, conceito indicado pelos documentos da Igreja Católica. A verdade de Cristo inicia-se no tratamento do templo, no espaço sagrado. 
Além das orientações, o uso do material em sua essência busca a linguagem milenar da Igreja como um todo. 
Por consequência e auxiliado pelo projeto luminotécnico o espaço torna-se aconchegante buscando o covite a oração.





Segunda Etapa: Torre e salas frontais

Antes da nova obra a Igreja possuía uma composição simples de um volume principal que continha a igreja como um todo e um pequeno anexo aos fundos aonde era a sacristia. Foi aberta a parede aos fundos englobando a área de fundos e a ampliando. Sendo assim aproveitamos a diferença de altura do pé direito para criar a capela do santíssimo, a capela da relíquia e Santa Teresinha, duas sacristias e o espaço do presbitério antes subdimensionado foi duplicado.







Esta abertura foi feita de forma a criar linhas em relevo revestidas com pedra que deram ênfase a centralidade do altar e a bela imagem de Cristo [já existente datada de 1969] fixada numa nova cruz. Dois pilares laterais foram revestidos de tijolo maciço limitando o espaço das capelas abertas para a assembleia e para o presbitério. As capelas foram iluminadas de forma tênue e revestidas de madeira tornando-as adequadas a oração individual.








A torre de concreto armado tem o desenho similar ao presbitério, utilizando-se pedras quartizito nas linhas que apontam para a grande cruz de aço cortem que brota do solo até alcançar o ponto mais alto da edificação. 




 



No interior da torre está o batistério que se comunica com o átrio que é acessado pelas portas pivotantes de madeira desenhas especialmente para a obra. Compondo com a torre foram criados anexos com salas do plantão do dízimo, sacristia e paramentos.



Ainda na área externa aproveitou-se a localização da torre para expandir o estacionamento e criar acessos e jardins.   






 O projeto luninotécnico internamente auxilia a liturgia e enfatiza a beleza do conjunto e externamente a torre não só durante o dia ganha um local de destaque na paisagem urbana da cidade de Timbó. 









Fotos da festa de inauguração: M.Reinert
Maquetes e outras fotos: Acervo Faust arquitetura