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ARQ EDUARDO FAUST | CAU A44041-8

Graduado pela Universidade Federal de Santa Catarina UFSC.
Pós-graduado em Espaço celebrativo-litúrgico e arte-sacra na Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia de Minas Gerais FAJE.

Em 2005 fundou o escritório FAUST ARQUITETURA

Assina a autoria de mais de 200 construções ligadas a Igreja em mais de 100 cidades em 15 estados no Brasil, México e Portugal.

Ministra palestras e Cursos em Arquitetura Sacra.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

■ IGREJA DE SANTA TERESA D'ÁVILA | PROJETO Arq. Eduardo Faust e Arq. Thiago Dorini


Dois arquitetos são chamados para projetar a réplica de um templo católico no interior de “Águas Mornas”, município de economia predominantemente agrícola, que conta 14 hab/km2 distribuídos em seu relevo montanhoso. Teresópolis é o topônimo da comunidade.

O substantivo “comunidade” e não “bairro”, no caso, provém do isolamento geográfico da localidade e de outras muitas do mesmo gênero, na região.

Colonizada por alemães, a comunidade mantém intacta parte de sua cultura, porém, arquitetonicamente falando, nela nada se distingue.

Estamos falando dos cerca de 600 católicos franciscanos [devotos de Santa Teresa D’ávila] que lá vivem, os quais assistiram à sua igreja centenária − seu referencial arquitetônico e ponto de encontro e confraternização − ser destruída em razão de sua estrutura condenada.

Tínhamos uma comunidade disposta a aprender mais sobre as possibilidades arquitetônicas e arquitetos a fim de saber mais sobre a cultura e costumes locais. Assim, delineou-se o projeto em conjunto, de forma participativa, promovendo-se reuniões quinzenais com a comunidade − agrupados nelas, obviamente, membros da administração da própria igreja, Diáconos e Padre da paróquia regional [Pároco].

Graças a esse contato direto com a comunidade o processo de releitura se estendeu além de um exercício estético formal. Mesmo possuindo um desenho de linguagem contemporânea, configurou-se uma edificação que a população local se identificou de imediato. Fazendo uma reflexão rápida, vemos que o importante deste processo foi a união do conhecimento do arquiteto, geralmente embasado em experiências em grandes centros de países de economia forte, ser moldado pelo conhecimento e/ou costumes específicos de uma pequena população campestre.






■ Inauguração
No dia de abertura da primavera [23/09/2007] a exatos 142 anos após a construção da primeira capela, foi inaugurada a Igreja de Santa Teresa D'avila na localidade de Teresópolis.
A missa solene foi presidida pelo arcebispo Dom Murilo Sebastião Krieger.







■ 7ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo
Único evento brasileiro assinalado no calendário internacional da arte e da arquitetura, há meio século a Bienal Internacional de São Paulo vem projetando o Brasil no cenário mundial, sendo considerada, junto com a Bienal de Veneza, o mais importante evento do gênero entre os mais de cinqüenta existentes no mundo.

Entre 120 obras de vários paises está a Igreja Comunitária de Teresópolis

A 7ª Bienal Internacional de São Paulo acontece do dia 11/nov a 16/dez no prédio da fundação Bienal no parque Ibirapuera em São Paulo.



Catálogo da exposição [CAPA]


Catálogo da exposição [Página referente a Igreja Comunitária de teresópolis]






■ IMPRENSA


■ A NOTÍCIA






Os santos comemoram
Projeto de igreja em Águas Mornas é selecionado para a Bienal Internacional de Arquitetura em SP
Ainá Vietro
Florianópolis
Por fora uma construção desgastada, com tijolos à vista e pintura branca na torre. Por dentro, uma estrutura condenada. A Igreja Comunitária de Teresópolis, comunidade próxima ao município de Águas Mornas, na Grande Florianópolis, era assim havia dois anos. Agora, o que se vê no terreno é uma igreja contemporânea, criada a partir de uma releitura da antiga. O projeto, feito por dois arquitetos de Florianópolis, foi selecionado para a 7a Bienal Internacional de Arquitetura, que começa no dia 10 de novembro, em São Paulo.
Quando o engenheiro José Freitas apresentou laudo confirmando que a estrutura estava condenada, os moradores decidiram tomar uma atitude drástica. Demolir a igreja, construída há 140 anos, e fazer uma réplica. Para ajudar no trabalho, o engenheiro convidou os arquitetos Eduardo Faust e Thiago Dorini, que elaboraram o projeto. A primeira dificuldade, conta Faust, é que as famílias moram distantes uma das outras, e inicialmente não havia referências para o projeto.
Foi aí que surgiu necessidade de reuniões quinzenais, em que participaram moradores, diáconos e o pároco. “Na primeira reunião, apresentamos imagens de igrejas ousadas. Aí, eles falaram que queriam mesmo uma réplica”, lembra Faust. Com base no pedido, os arquitetos arriscaram e a cada encontro apresentavam novas idéias.
Três módulos foram mantidos: a torre principal, o corpo da igreja e características góticas, como o arco ogival na porta de entrada que foi transferido para as laterais. “Os pontos de releitura foram esses, resolvidos em várias conversas”, relembra Dorini. O telhado plissado forma calhas e resulta em um sistema de escoamento interno, resolvido sem calhas aparentes. O formato ajuda, ainda, na acústica. As laterais também foram elaboradas em 12 nichos, em que serão estátuas dos apóstolos.
Faust aproveitou a posição da igreja, com altar voltado para Oeste, e fez um pequeno teto de vidro. “No fim de tarde a luz do Sol entra e ilumina o Cristo.” Outro ponto interessante nesse aspecto é a iluminação indireta, que não ofusca a visão de quem está no interior da igreja. O espaço interno foi ampliado. Antes, no máximo cem pessoas ficavam dentro da igreja. Hoje, os 600 católicos franciscanos, devotos de Santa Teresa D’Ávila, já podem se reunir para uma missa.
As preocupações com a parte climática, sustentabilidade e aproveitamento dos recursos disponíveis são características do projeto. “Nunca fiz nada sem pensar no conforto ambiental”, ressalta Faust.
A inauguração da igreja foi em 23 de setembro. No dia seguinte, os arquitetos receberam a notícia da seleção. Para a dupla, o que fez diferença foi o contato com a comunidade.
aina.vietro@an.com.br

Link para a matéria no Jornal


■ DC [DIÁRIO CATARINENSE]










■ Revista ÁREA



EXPO
A 7ª edição da Bienal Internacional de Arquitetura, realizada em São Paulo, revelou talentos e muita criatividade na apresentação de soluções voltadas à sustentabilidade. Projetos catarinenses estiveram em evidência, revelando o potencial dos profissionais locais. A jornalista Simone Bobsin esteve lá e apresenta aqui as suas impressões sobre este que é um dos maiores eventos de arquitetura do mundo

Texto Simone Bobsin


A BIA, COMO É CARINHOSAMENTE APELIDADA a Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo, em sua sétima edição abrigou trabalhos de profissionais estrangeiros e brasileiros, dentre os quais vários catarinenses. A exposição ocupou os 25 mil m2 do prédio da Fundação Bienal, instituição que, ao lado do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), organizou a mostra. Considerado um dos maiores acontecimentos do ramo no mundo, a 7ª BIA foi encerrada em 16 de dezembro após 40 dias de evento, contabilizando números que impressionam: 1.237 projetos de 818 arquitetos, 300 maquetes e um público de 120 mil visitantes.
O próprio Pavilhão da Bienal, erguido em concreto, aço e vidro no Parque do Ibirapuera sob o traço do nosso ilustre Oscar Niemeyer, era um destaque à parte. A história do projeto, ilustrada por desenhos originais, ocupou a Sala Especial dedicada ao centenário mestre. Niemeyer foi um dos homenageados desta edição, ao lado de Paulo Mendes da Rocha, os dois únicos profissionais brasileiros a conquistar o Pritzker, prêmio máximo da arquitetura mundial.

Catarinenses

Dos 125 trabalhos que integraram a Exposição Geral de Arquitetos, dois levavam a assinatura de catarinenses. Um deles, o da Igreja Comunitária de Teresópolis, localizada nas imediações do município de Águas Mornas, na Grande Florianópolis, é fruto da parceria entre os arquitetos Thiago Dorini e Eduardo Faus, da capital, que destacaram o processo participativo na definição do desenho. Em reuniões quinzenais com os profissionais, a comunidade debatia, deliberava e aprovava as etapas do projeto em desenvolvimento. Entretanto, ao invés de construir uma réplica da igreja já existente, como a comunidade havia sugerido, os arquitetos propuseram uma releitura contemporânea do edifício original, idéia aprovada em uma dessas reuniões.
A Requalificação dos Jardins do Palácio Cruz e Souza, em Florianópolis, foi o outro representante de Santa Catarina na Exposição Geral. O projeto inicial dos ex-colegas de faculdade Rafael Alschinger, Maurício Holler e Tatiana Pretto, idealizado há oito anos, previa apenas uma intervenção paisagística no Museu Histórico de Santa Catarina. Porém, a pesquisa arqueológica necessária para a edificação, erguida no século XVIII, exigiu a revisão do projeto e a sua readequação, a fim de preservar o material encontrado nas escavações. Um novo projeto foi então concebido, aprovado e executado em 2006. Parte das ruínas foi exposta em caixas de vidro transparente, iluminadas internamente, revelando mais um importante capítulo da história catarinense no Palácio, que é aberto ao público diariamente.
Quem circulou pela Exposição de Arquitetos Brasileiros Convidados deparou-se com um diversificado panorama da arquitetura nacional. Um dos 12 participantes era Roberto Simon, único representante de Santa Catarina convidado para esta que era a seção mais selecionada da 7ª BIA. Simon levou para o evento amostras dos seus 25 anos de trabalho na liderança do escritório Studio Domo. Entre os projetos apresentados estavam os da loja Guga Kuerten, do Centro Médico Baía Sul, do Residencial Vila Ramos e da Indústria Farmacêutica Milian.

Leia o resto dessa matéria na versão impressa da Revista Área - Edição de janeiro.


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