As formas, os cálculos, os fluxos, os sistemas, os materiais, as normas legais, a função dos elementos contidos, a função dos elementos que contem, o clima, a produção, a estética, a logística, a inovação, a acessibilidade, a sustentabilidade, o custo benefício, a viabilização, etc. A composição arquitetônica exige de seu autor sensibilidade e conhecimento multidisciplinar.
O saber arquitetônico pós-moderno intensificou sua relação com a filosofia e a psicologia, aumentando ainda mais o leque antes baseado na arte e na engenharia. Na construção de templos temos a soma de outra disciplina a este combinado, a ciência da religião.
Um edifício igreja deve seguir conceitos e técnicas como qualquer outra arquitetura, porém sua base deve encontrar-se na liturgia e no simbolismo. Este simbolismo é guiado por uma história de mais de dois mil anos, as decisões arquitetônicas são embasadas nos conceitos do Cristianismo - nenhuma forma deve ser gratuita.
O conceito: “a forma segue a função” [pertencente à arquitetura modernista] guiou e ainda guia as decisões arquitetônicas. Fazendo analogia de tal conceito, aos templos, podemos dizer que: “a forma segue o significado”; “a forma segue a liturgia”; “a forma segue a beleza” ou temos: “o significado é uma função”; “a liturgia é uma função”; “a beleza é uma função”.
Logo ao desenhar uma igreja os conceitos de funcionalidade são enriquecidos pelo significado [simbolismo], liturgia [comunicação com Deus], beleza [o divino]. A liturgia é definida pelos documentos relacionados ao Concílio Vaticano Ecumênico II, o significado [simbolismo] está na sagrada escritura e na filosofia cristã, a beleza está na arte sacra e no entendimento sensível da busca do sagrado; do mistério; de Deus.
Texto retirado da minha monografia de conclusão da pós-graduação na FAJE.
Arq Eduardo Faust
Arq Eduardo Faust
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