Arquitetura Sacra

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ARQ EDUARDO FAUST | CAU A44041-8

Graduado pela Universidade Federal de Santa Catarina UFSC.
Pós-graduado em Espaço celebrativo-litúrgico e arte-sacra na Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia de Minas Gerais FAJE.

Em 2005 fundou o escritório FAUST ARQUITETURA

Assina a autoria de mais de 300 construções ligadas a Igreja em mais de 200 cidades em 21 estados no Brasil, México, Portugal, Índia, Timor Leste e RD Congo.

Ministra palestras e Cursos em Arquitetura Sacra. Professor de Pós-Graduação na FASBAM

segunda-feira, 7 de julho de 2025

Quatro paredes bastam. A Igreja não deveria se preocupar em gastar dinheiro para uma bela construção?

 

Quatro troncos de madeira bastam.        

A igreja não deve se preocupar com a arquitetura


O verdadeiro templo do Deus vivo é o edifício espiritual, construído com as pedras vivas. Dizer que não precisamos construir igrejas físicas não é uma mentira e o catecismo da Igreja Católica concorda com isso.

 

■ Catecismo da Igreja Católica 1179. O culto «em espírito e verdade» (Jo 4, 24) da Nova Aliança não está ligado a nenhum lugar exclusivo. Toda a terra é santa e está confiada aos filhos dos homens. O que tem primazia, quando os fiéis se reúnem num mesmo lugar, são as «pedras vivas» que se juntam para «a edificação dum edifício espiritual» (1 Pe 2, 4-5). O corpo de Cristo ressuscitado é o templo espiritual donde brota a fonte de água viva. Incorporados em Cristo pelo Espírito Santo, «nós somos o templo do Deus vivo» (2 Cor 6, 16).

 

Interessante ver que a sociedade se desenvolveu construindo templos, das menos até as mais avançadas tecnologicamente construíram seus locais de culto. Falando em tecnologia, uma instituição que desenvolve pesquisas científicas nasce da criação e do aprimoramento de uma estrutura física, para que depois seus resultados venham a mudar o mundo, como tantos avanços científicos já o fizeram. O mesmo acontece com uma instituição de ajuda aos menos necessitados, primeiro ela cria uma estrutura de suporte e depois colhe os frutos.

 

Altar em Lien-Tuto (Maubisse) Timor Leste. Arquitetura Timorense / Mendes, Almeida, Cinatti - Lisboa

 

E assim acontece com as religiões, para dar suporte aos fiéis e para que possa fazer mais pelos que têm menos, faz-se necessária uma estrutura que ajude o trabalho de todos que ali querem investir sua benevolência e amor ao próximo.


A casa de oração, os edifícios igreja fazem parte dessa estrutura. E o Catecismo da Igreja Católica também atesta isso:

 

■ Catecismo da Igreja Católica 1180. Quando o exercício da liberdade religiosa não é impedido, os cristãos constroem edifícios destinados ao culto divino. Estas igrejas visíveis não são simples lugares de reunião, mas significam e manifestam a Igreja que vive nesse lugar, morada de Deus com os homens reconciliados e unidos em Cristo.

 

■ Catecismo da Igreja Católica 1181. «A casa de oração em que é celebrada e conservada a santíssima Eucaristia, em que os fiéis se reúnem, e na qual a presença do Filho de Deus, nosso Salvador, oferecido por nós no altar do sacrifício, é venerada para auxílio e consolação dos fiéis, deve ser bela e apta para a oração e para as celebrações sagradas». Nesta «casa de Deus», a verdade e a harmonia dos sinais que a constituem devem manifestar Cristo presente e actuante neste lugar.

 



Não construa uma igreja, dê este dinheiro aos pobres

 

Padres, arquitetos e membros das paróquias empenhados em construir uma igreja já ouviram várias versões da falácia: “...deveriam dar esse dinheiro aos pobres”.

 

Não é exagero dizer que esta afirmação contraria o pensamento do próprio Cristo. Consultando o evangelho de Mateus, veremos que Jesus contraria tal tipo de afirmação, “Para que esse desperdício?... e o dinheiro, dado aos pobres”, e vai em defesa da mulher que dava o melhor a Ele. Um detalhe importante do desenrolar desse momento, e talvez até mais grave foi ver que esse ato motivou Judas Iscariotes a trair seu mestre.

 


Detalhe do altar-mor da Igreja Santa Maria Madalena em Paris Fr. 
Cena de "A Unção em Betânia" 1842-43. Acervo Eduardo Faust

 

Logo, próxima vez que alguém proferir esta frase você pode perguntar: olá, você teria um minuto para ouvir a palavra de Judas?

 Para entender bem vamos ao evangelho em Mateus capítulo 26, versículos 6 a 16.

 

Jesus estava em Betânia, na casa de Simão, o leproso. Uma mulher aproximou-se dele, com um frasco de alabastro cheio de perfume caríssimo, e derramou-o na cabeça de Jesus, que estava à mesa. Vendo isso, os discípulos se irritaram, dizendo: “Para que esse desperdício? Este perfume podia ser vendido por um bom preço, e o dinheiro, dado aos pobres”.

 

Jesus o percebeu e disse-lhes: “Por que incomodais esta mulher? Ela praticou uma boa ação para comigo. Os pobres sempre tendes convosco, mas a mim não tereis sempre. Ela derramou este perfume no meu corpo em vista do meu sepultamento.

 

Em verdade vos digo: onde for proclamado este Evangelho, no mundo inteiro, será mencionado também, em sua memória, o que ela fez”.

 

Um dos doze, chamado Judas Iscariotes, foi ter com os sumos sacerdotes e disse: “Que me dareis se eu vos entregar Jesus?” Combinaram trinta moedas de prata. E daí em diante, ele procurava uma oportunidade para entregá-lo.

 

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Este texto é um trecho do livro 
Arquitetura e os documentos da Igreja de autoria de Eduardo Faust. 

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